Agora, o alvo é Lula. Antes, foi Bolsonaro

Foto: Ronald Mendes (Arquivo/Diário)
No plenário da Câmara de Vereadores de Santa Maria, o que não falta é proposta polêmica. Entre elas, moções de repúdio a políticos

Os vereadores podem fazer uso de uma moção, que é uma indicação que serve para homenagear, manifestar pesar, apoiar e, até mesmo, repudiar uma pessoa, ato ou instituição. As moções de repúdio não são muito comuns na Câmara de Santa Maria, mas este ano já foram propostas três delas. A última que tramita no Legislativo de Santa Maria repudia o PT por estar organizando a vinda do ex-presidente Lula à cidade.

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Neste caso, como estamos em ano de eleições presidenciais, um repúdio a Lula, que pretende disputar a presidência, tem algum efeito político momentâneo. Pelo menos outras duas Câmaras gaúchas -de Passo Fundo e de Bagé - já fizeram o mesmo. Por lá, as moções foram aprovadas, gerando muita polêmica. Aqui, não deverá ser diferente.

Mas há uma coincidência histórica a ser lembrada: outro presidenciável, o deputado federal Jair Bolsonaro (na época filiado no PPB e hoje no PSL), também foi alvo de protesto da Câmara de Vereadores de Santa Maria. Isso lá no século passado. No Arquivo Geral da Casa, há um requerimento para que Bolsonaro fosse considerado "Persona non grata" em Santa Maria. Ou seja, alguém que não é bem-vindo à cidade.

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O pedido foi assinado por sete parlamentares da época, que não gostaram de Bolsonaro ter defendido o fechamento do Congresso Nacional. Na capa do processo consta que a proposta foi aprovada em 24 de junho de 1993, mas não há registro na ata da sessão. O curioso é que dias antes Bolsonaro havia recebido, da mesma casa legislativa, o título de Visitante Ilustre.

Na prática, tanto o repúdio a Lula quanto o título nada honroso a Bolsonaro não têm efeito algum a não ser algum gerar polêmica, chamar atenção para o posicionamento dos vereadores.